quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dongfeng é disputada por cinco concessionárias brasileiras

Chinesa quer entrar no país no segmento de veículos pesados -- com a possibilidade de ter uma montadora própria -- para depois investir em carros de passeio

Dongfeng: modelo da montadora chinesa é exibido em Xangai
São Paulo - O potencial de crescimento do mercado automotivo brasileiro, que hoje é o quarto maior do mundo, atraiu mais uma montadora chinesa ao país. Nesta terça-feira (20), a Dongfeng (Vento do Leste, em mandarim) realizou um evento na capital paulista para apresentar a empresa a possíveis concessionários interessados em firmar parcerias.
Segundo apurou EXAME.com, há cinco concessionárias brasileiras interessadas: o mineiro Grupo Roma, que vende carros Fiat e motos da Yamaha; o paulista Souza Ramos, que trabalha com carros da Ford e; a Effa Motors, importadora da chinesa Lifan; o brasiliense Grupo P7, concessionário da Peugeot e as chinesas Lifan e Haima; e a japonesa Suzuki.
"A internacionalização não é apenas uma escolha, é uma política necessária", disse Zhou Qiang, vice-diretor-geral da Dongfeng. A montadora ainda está analisando as propostas apresentadas pelas concessionários. O plano da empresa chinesa é ingressar no Brasil com a importação e distribuição de veículos pesados para depois analisar o mercado de carros de passageiros. Para o Grupo Roma, os veículos comerciais seriam um diferencial em seu portfólio, já que a empresa trabalha apenas com automóveis de passeio.
No evento também foram assinados acordos de cooperação com o estado de São Paulo. Na cerimônia estiveram presentes representantes da Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, da Confederação Nacional do Transporte, da agência Invest SP e do fundo de private equity Ipanema Investimentos.
A Dongfeng, sediada na província de Hubei, no sudeste chinês, produziu 1,9 milhão de unidades em 2009. A previsão para este ano é atingir a marca de 2,4 milhões de veículos pesados e de passeio. Para ampliar seu portfólio, a montadora tem parcerias financeiras e tecnológicos com outros empresas como as japonesas Honda e Nissan, com a coreana Kia, e com o grupo francês PSA Peugeot-Citröen

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