quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O poder das más idéias

Por Sidney Santos

Desistir o mais rápido possível de algo que não tem como dar certo é tão importante quanto dar vida a um plano realmente bom


Muitas das minhas ideias deveriam ser jogadas no lixo o quanto antes
Todos os dias me vem uma ideia. Acho que isso é coisa de empreendedor. A gente adora inventar — e fica tão feliz quando aparece uma ideia que nem para para pensar se ela é realmente boa. Durante muitos anos, quis colocar tudo o que eu pensava em prática. Mas,
com o tempo, aprendi que muitas de minhas ideias devem ser jogadas no lixo — e, quanto antes, melhor.


Acho que todo empreendedor já passou pela experiência de insistir num projeto que não vai para a frente. Quando isso acontece, ficamos matutando para identificar o que está dando errado. Culpamos os funcionários, dizendo que eles não trabalham direito. Culpamos os fornecedores, reclamando dos custos. Culpamos os concorrentes, a legislação tributária, o governo atual, o governo anterior, o cenário econômico mundial. Culpamos até o coitado do cliente, que, afinal, não enxerga o quanto é bom aquele produto ou serviço que a gente inventou.
Dificilmente admitimos que o problema  pode estar na ideia, que era ruim de nascença e não ia dar certo nunca. Isso é tão importante quanto dar vida a um projeto realmente bom quem fica gastando dinheiro e energia com coisas que só podem dar errado não vai ter forças para investir no que tem chance de dar certo.
Lembro agora de uma ideia péssima que, na ocasião, achei muito boa. Era 1990, e eu tinha lido uma notícia sobre a volta do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 ao autódromo de Interlagos, em São Paulo. Resolvi fazer adesivos em forma dos carros de corrida para vender na porta do autódromo. Pensei: a minha empresa, o Grupo Sid, já faz comunicação visual e há estrutura para a produção. Também tenho dinheiro para a matéria-prima.
Li no jornal que haveria mais de 100.000 pessoas no evento. Fiz as contas. Considerei que, se apenas 10% do público se interessasse pelos adesivos, já ganharia um bom dinheiro. O custo de dez adesivos era, em dinheiro de hoje, 5 reais. Seriam vendidos pelo dobro. Eu me achei um gênio.
Faltavam apenas sete dias para a corrida. Parei tudo e coloquei todo mundo para fazer os adesivos. Produzimos 13.000. Com tudo pronto, aluguei uma Kombi e juntei os seis melhores vendedores. No dia da corrida, seguimos ainda de madrugada para o autódromo. Ficamos bem em frente à entrada principal e começamos a oferecer os adesivos. O interesse do público pareceu bem menor do que eu
havia imaginado, mas insisti. Ficamos 8 horas ali, até que o último espectador entrou. Voltamos para a Kombi para o balanço. Tínhamos vendido 11 pacotinhos no total.


Não restou muita coisa a fazer a não ser subir no capô da Kombi, abrir umas latinhas de cerveja e ver a corrida. Aluguel da Kombi: 300 reais. Matéria- prima para os adesivos: 2.600 reais. Assistir à corrida empoleirado no teto da Kombi: não tem preço.
Não sei por que não percebi quanto o plano dos adesivos era ruim. Os fãs de F1 gostam de produtos oficiais com a marca das  escuderias, como camisetas da Ferrari ou bonés da McLaren. Além disso, todos estavam tão enlouquecidos para ver carros de verdade
que nem prestavam atenção na gente.


De lá para cá, continuo tendo ideias que não prestam. A diferença é que consigo perceber a ruindade mais cedo. No caso da corrida, tive várias oportunidades para desistir. Poderia ter pensado melhor e nem fabricado nada. Poderia, depois de tudo pronto, chegar à conclusão de que não valeria a pena ficar aquele tempo todo parado na entrada do autódromo. Mas não — eu fui até o fim.
Ter ideia besta é natural. Elas vão aparecer sempre. A sabedoria consiste em eliminá-las logo. As más ideias têm um poder danado —conforme ganham vida, fica mais difícil enxergar a raiz do problema.

Hotel projetado por escritório russo pode flutuar no mar

Inspirado nas recentes mudanças climáticas e no aumento do nível do mar, o escritório de arquitetura russo Remistudio resolveu desenvolver o Ark Hotel. Trata-se de um edifício capaz de flutuar no mar.
Segundo o escritório, o mecanismo que o permite flutuar está na parte debaixo do prédio, cuja estrutura em forma de casco também o deixa ser construído no solo. A estrutura é formada por cabos de aço e arcos de madeira comprimidos.

À revista alemã Der Spiegel, o arquiteto falou que esse projeto poderia levar apenas quatro meses para ser construído, em qualquer parte do mundo. O Ark Hotel, que tem quatro andares, foi desenvolvido para o concurso Architecture for Disaster Relief, realizado pela União Internacional dos Arquitetos.

Horóscopo empreendedor e profissional

2011 promete ser um ano glorioso para quem souber aproveitar as boas influências dos astros para se reinventar

 

O novo ano é regido por Mercúrio, o que promete negociações e processos produtivos mais ágeis. Os avanços tecnológicos também são favorecidos. Os setores mais beneficiados e com grande potencial de crescimento em 2011 são comunicação, comércio, serviços, transportes, telefonia, tecnologia da informação e educação.

A passagem de Júpiter e de Urano por Áries tornam atributos como inovação, originalidade e pioneirismo fundamentais para o sucesso de produtos e empreendimentos. Quem deseja abrir o próprio negócio e atrair boas oportunidades em 2011 precisa desenvolver a capacidade de se reinventar e de tomar iniciativas ousadas. Entusiasmo e coragem são essenciais. Confira as previsões para o seu signo.


ÁRIES > (21 de março a 19 de abril) Aposte em um projeto inovador e em planos de expansão. Júpiter e Urano provocarão uma revolução em sua vida. Fique de olho nas oportunidades que surgirão de repente a partir de fevereiro. Em março, Urano entrará em seu signo e inaugurará uma época de mais independência e liberdade. Há chance de mudanças radicais ainda no primeiro semestre. A entrada de Júpiter na sua área do dinheiro, em junho, favorecerá os negócios e trará mais poder. Sucesso garantido em um novo empreendimento.


TOURO > (20 de abril a 20 de maio) Novas amizades abrirão portas para o sucesso profissional. Invista nos relacionamentos de trabalho, que trarão boas alianças. Encontrar as pessoas certas e contar com a sabedoria de gente experiente será fundamental para o seu negócio. Procure se organizar melhor e otimizar seu tempo, principalmente no primeiro semestre. Respostas poderão atrasar, mas não desista. As recompensas financeiras virão a partir do fim de agosto, mês que trará bons acordos e oportunidades de associação.


GÊMEOS > (21 de maio a 21 de junho) Para atingir metas profissionais, confie na sua equipe e delegue tarefas. Adotar um novo estilo de liderança e investir mais no marketing pessoal podem ajudar. Dedique mais tempo a projetos, ao desenvolvimento pessoal e à expansão da sua rede de contatos. Se estiver apostando numa carreira solo, vá em frente. Será um ano de conquistas. No primeiro semestre, conte com sua versatilidade para tocar duas atividades simultâneas e explore seus recursos criativos. Em julho, começa uma fase de mais segurança.


CÂNCER > (22 de junho a 22 de julho) O ano será marcado por evolução na carreira e por maior visibilidade. Mas o primeiro semestre trará desafios e exigirá disciplina para alcançar metas de médio e longo prazos. Tempo apertado, preocupações familiares e impaciência nas comunicações poderão causar problemas até junho, quando as mudanças e o crescimento profissional passarão a ser prioridade. Se estiver iniciando um negócio, aproveite o período entre junho e setembro para divulgá-lo. O retorno virá a partir de outubro.


LEÃO > (23 de julho a 22 de agosto) O ano favorece pesquisas, produção intelectual e novas associações. Contratos insatisfatórios poderão ser reformulados. Os bons resultados em negociações vão depender de diplomacia e flexibilidade. A habilidade comercial se desenvolverá a partir de maio, o que trará crescimento financeiro a médio prazo. Júpiter e Urano revolucionarão seus conceitos. Aproveite para descobrir novos mercados. O bom uso da tecnologia vai trazer prestígio profissional. No segundo semestre, aposte no marketing e nas novidades que vêm de fora.


VIRGEM > (23 de agosto a 22 de setembro) Gastos imprevistos poderão abalar o orçamento nos primeiros meses do ano. Espere até abril para assumir compromissos ou decidir investimentos. Haverá maior estabilidade de maio em diante. Participação em projetos sociais e atuação no terceiro setor aumentarão seu poder e seu prestígio. Aceite o convite, no fim de abril ou em agosto, para fazer parte de uma instituição respeitada mundialmente. Se estiver pensando em morar fora, uma oportunidade virá no segundo semestre. Setembro marcará mudanças grandes em sua vida.


LIBRA > (23 de setembro a 22 de outubro) Saturno em seu signo vai trazer mais responsabilidades. A boa notícia é que será possível realizar sonhos e conquistar mais independência. Autoestima positiva será primordial desde o começo do ano. Do fim de março a julho, aposte em charme, simpatia e elegância para conquistar clientes e atrair colaboradores. Mas não espere resultados imediatos, a colheita virá na hora certa. O ano exigirá disciplina e espírito competitivo. O melhor mês para começar projetos é agosto. Associações positivas virão no segundo semestre.


ESCORPIÃO > (23 de outubro a 21 de novembro) Júpiter e Urano trarão oportunidades de trabalho. Seus talentos serão revelados ao mundo. Um projeto original e inovador trará resultados financeiros compensadores, mas a rotina vai ficar mais exigente. Saia da zona de conforto. Aproveite o período de maio a julho para implantar mudanças ao seu redor. Desenvolva sua habilidade de comunicação. Seja mais atento na hora de expor ideias ou distribuir tarefas. O lucro de sua empresa vai crescer a partir de setembro.


SAGITÁRIO > (22 de novembro a 21 de dezembro) Participar de um projeto criativo com amigos será uma ótima opção para aumentar seu poderio financeiro. O ano começará com prestígio social e com contatos estimulantes, mas também com o orçamento apertado. Novas ideias ganharão forma entre abril e junho. Descobertas determinantes para a carreira virão nesse período. Reinvente-se. Setores como serviços públicos, comunicação, arte, arquitetura e moda entrarão no seu radar. Investimentos darão retorno a partir de julho. No segundo semestre, divulgue sua marca.


CAPRICÓRNIO > (22 de dezembro a 19 de janeiro) Um novo empreendimento, realizado em parceria com profissionais de prestígio, trará retorno positivo e permitirá a realização de planos da vida familiar. Plutão em seu signo anuncia mudanças grandes no projeto de vida, mas que deverão acontecer de maneira organizada. Será possível reformular seus espaços e ganhar eficiência entre o fim de março e maio. O desafio nesse período será conciliar a vida profissional e pessoal. Alguns resultados virão com atraso. O segundo semestre trará mais organização. Em dezembro virá o reconhecimento do mercado.


AQUÁRIO > (20 de janeiro a 18 de fevereiro)
Se quiser ampliar suas atividades, aposte nas áreas de pesquisa de mercado, produção cultural e de conteúdo, turismo e educação. Aproveite o seu talento de unir pessoas para formar um público fiel e participativo para seu negócio. Aprendizado comercial e conceitos inovadores trazidos por Júpiter e Urano vão acelerar sua produtividade no primeiro semestre. Aposte numa ideia genial que poderá surgir em maio. Os investimentos que fizer entre abril e maio aumentarão seu prestígio e popularidade.


PEIXES > (19 de fevereiro a 20 de março) Prepare-se para grandes conquistas. Um novo empreendimento trará independência e crescimento financeiro, com Urano (a partir de março) e Júpiter (até junho) na sua área do dinheiro. Os lucros virão já nos primeiros meses do ano. De junho em diante, aposte na expansão do negócio. Aproveite as oportunidades entre o fim de abril e maio. Despesas com salários e a gestão de RH serão seus maiores desafios. Será preciso mexer na equipe em janeiro e em maio para atingir o nível de eficiência desejado.

Dica de livro. FREE!


Como lucrar com serviços grátis (ou quase)

No modelo freemium, só paga quem quer. Entenda como é possível faturar com esta estratégia

Detalhe da capa do livro "Free", de Chris Anderson, que prega que o futuro dos negócios é grátis
Como é possível sustentar uma plataforma de jogos online com 20 milhões de usuários que não pagam absolutamente nada para utilizar o serviço e ainda lucrar com o negócio? A Mentez, desenvolvedora do Colheita Feliz, jogo que virou febre no Orkut, dá a receita: fazer com que 1 milhão de jogadores paguem pelos outros 19 milhões que não estão dispostos a colocar a mão no bolso.
A companhia faturou nada menos que 38 milhões de dólares com seus jogos sociais no último ano e espera elevar a cifra para 58 milhões de dólares neste ano. O alicerce do crescimento é o modelo de negócios “freemium”, que está por trás de alguns dos serviços mais bem-sucedidos da internet, como Skype, Flickr e LinkedIn.

Praticamente toda a receita da Mentez vêm de usuários que não se contentam com os recursos oferecidos na versão gratuita dos jogos e estão dispostos a pagar para ter algumas vantagens adicionais. Pode ser uma peça de decoração temática ou uma plantação diferenciada para a sua fazenda no Colheita Feliz, roupas e acessórios exclusivos para sua modelo no Vida nas Passarelas ou fichas extra para turbinar seu desempenho em Sociedade Pôquer.

A premissa é sempre a mesma: a maioria dos usuários desfruta dos serviços “free” enquanto uma pequena parcela paga pelos recursos “premium” – daí a origem do nome “freemium”, que funde os dois conceitos em uma só palavra.

“Nosso modelo de negócio é dar de graça algo que basicamente tem um custo muito pequeno para nós – ligações em áudio e vídeo de Skype para Skype – para que possamos atrair consumidores suficientes para cobrar por coisas que nos custam mais para oferecer”, explica Alejandro Arnaiz, o gerente sênior de desenvolvimento de negócios do Skype para América Latina.

Foi com esta estratégia que a companhia conseguiu acumular mais de meio bilhão de usuários registrados. Destes, apenas 8,1 milhões pagam para usar os serviços. Ainda assim,  a empresa faturou 406 milhões de dólares o primeiro semestre de 2010 (o balanço anual ainda não foi divulgado) e teve lucro de 13,1 milhões de dólares.

O modelo é especialmente interessante para empresas em início de vida, que precisam tornar seus serviços conhecidos. “A ideia é não criar nenhuma barreira de entrada”, define Tahiana D'Egmont, chief marketing officer da Vostu, concorrente da Mentez no segmento de jogos sociais. 

Com a abordagem, a empresa atraiu 37 milhões de usuários para os seus jogos em apenas 16 meses. Embora 98,5% dos usuários não paguem nenhum centavo, alguns clientes chegam a gastar até 500 reais por mês com serviços premium. O mercado em que a Vostu e a Mentez estão inseridas deve gerar mais de 1 bilhão de dólares em receita este ano, somente nos Estados Unidos.

Embora seja uma das alternativas, o modelo freemium não é a única maneira que uma empresa tem para monetizar seus serviços sem cobrar da maioria dos usuários. A mais difundida é o patrocínio por anunciantes. Grande parte dos serviços que utilizamos hoje gratuitamente na internet – e-mail, buscas, redes sociais, blogs, entre tantos outros – é mantida por meio da publicidade.
Na prática, muitas empresas optam por estratégias híbridas, que unem o modelo freemium e a publicidade. A combinação é especialmente importante para que um serviço se pague até atingir massa crítica.

Esta foi a solução adotada por Jonny Ken, desenvolvedor do popular serviço Migre.me, que encurta endereços de internet para que eles caibam nos 140 caracteres do Twitter. Com mais 200 mil usuários diretos, o serviço é mantido parte por publicidade, parte por acordos de parceria e parte por serviços de consultoria e relatórios para clientes corporativos. “O serviço estourou muito rápido, exigindo investimentos em hardware e desenvolvimento. Tive que encontrar uma fonte de receita para mantê-lo no ar”, conta o desenvolvedor, que criou a ferramenta por hobby.

O próximo passo é adotar o modelo freemium. A conta premium, que dará direito a recursos adicionais, como ferramentas de relatórios, está prevista para entra no ar até abril deste ano. “Esse é o modelo ideal, porque você tem uma receita garantida. Os anunciantes podem sair a qualquer momento”, destaca Ken.

Para Chris Anderson, editor da Wired e guru da internet, esta combinação é o futuro dos negócios. Em seu livro “Free” (“Grátis”, na edição em português) ele defende que os consumidores não estão mais dispostos a pagar por certos produtos e serviços e que o caminho para conquistá-los, é oferecê-los de graça – pelo menos para a maioria deles. O segredo é encontrar alguém disposto a pagar a conta.

Brasil tem 63 mil milionários, com R$ 371 bi aplicados

Levantamento feito pela Anbima mostra que número de milionários cresceu 11% em 2010

São considerados milionários pessoas com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações

Os brasileiros de alta renda - aqueles com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações - fecharam 2010 com R$ 371 bilhões investidos nos bancos, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre o mercado de private banking. Na comparação com o ano anterior, houve crescimento de 23% no total de ativos aplicados. O private banking corresponde à área dos bancos que atua na gestão de patrimônio e consultoria de investimentos.
Houve crescimento tanto no volume de recursos investidos nos bancos quanto no número de brasileiros milionários. O presidente do Comitê de Private Banking da Anbima, Celso Portásio, destaca que a alta é puxada pela expansão da economia, que gera aumento da renda e aquece o setor empresarial. Com isso, aumentam as fusões e aquisições e as aberturas de capital, gerando novos milionários no País. Geralmente, são famílias que vendem ações de empresas ou participações em companhias fechadas. No ano passado, houve alta de 11% no total de milionários no Brasil, para 63.224 pessoas.
Os produtos preferidos dos milionários para aplicar recursos são fundos de investimento, que ficaram com R$ 162,2 bilhões dos ativos desses investidores em 2010. Papéis de renda fixa, como títulos públicos emitidos pelo governo, respondem por R$ 118,6 bilhões. Já as ações de empresas lançadas na Bolsa ficam com R$ 68,2 bilhões. Os recursos restantes estão investidos em outros produtos, como poupança e planos de previdência, segundo o levantamento da Anbima.
Risco
Portásio destaca que os milionários preferem aplicações um pouco mais arriscadas, quando comparados com o investidor comum. Um exemplo são os fundos multimercados, que respondem por 50,7% das aplicações dos endinheirados em fundos de investimento. Na média geral do setor, a participação desses fundos, que aplicam em ações, renda fixa, câmbio e derivativos, é de 28%.
A distribuição nacional dos recursos dos milionários indica que São Paulo, maior cidade do País, concentra a maior parte das aplicações, com 55,3% dos recursos. No Rio de Janeiro, estão 18 3%, em Minas Gerais e no Espírito Santo, 5,8%. O Sul responde por 13%, seguido pelo Nordeste, com 5,5%, e pelo Centro-Oeste, com 1,8%. O Norte apresentou número muito pequeno de clientes de alta renda (0,3%).
Portásio avalia que a participação maior de São Paulo é natural, pois o Estado tem a maior riqueza do País. No entanto, outras regiões estão mostrando crescimento na participação dos recursos como Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Norte.
Os dados da Anbima foram coletados com os próprios bancos. Esta é a primeira vez que a entidade divulga informações anuais do mercado de private banking. O objetivo da entidade é fazer estatísticas regulares desse mercado, que até o ano passado não tinha dados consolidados. Ao todo, 22 bancos passaram informações à Anbima.

 

Brahma cria latas para Cruzeiro e Atlético Mineiro


Dando continuidade ao projeto que começou em outubro de 2010, quando a Brahmalançou versões limitadas de suas latas para times cariocas, a cerveja coloca agora no mercado embalagens para os torcedores do Cruzeiro e do Atlético Mineiro.
Os cruzeirenses verão ilustrada nas latas uma homenagem ao aniversário de 90 anos da agremiação, comemorado em janeiro de 2011.
A "camisa 12", por sua vez, estampará as latas alvinegras.
As embalagens personalizadas estão sendo produzidas na fábrica de Minas Gerais e estarão nos principais pontos de venda da região.

Chilena é expulsa do Facebook por postar foto amamentando


Leslie Power, de 37 anos, recebeu um aviso da companhia comunicando que sua conta tinha sido fechada por publicar foto considerada ofensiva

Mark Zuckerberg, criador e presidente do Facebook: censura no Chile

Santiago - Uma psicóloga chilena denunciou nesta quarta-feira que o Facebook fechou sua conta por considerar "obscena" uma foto publicada em seu perfil, na qual aparecia amamentando seu filho de três meses.
Leslie Power, uma especialista em desenvolvimento infantil de 37 anos, explicou à Agência Efe que em 31 de janeiro recebeu um aviso da companhia comunicando que sua conta tinha sido fechada por ter publicado uma foto que "atenta contra pessoas".
"O Facebook me informou que protege seu território de imagens obscenas", indicou Power, que escreveu uma mensagem aos administradores da rede social para pedir mais explicações, embora até agora não tenha recebido nenhuma resposta.
A psicóloga apontou que outras mulheres foram "censuradas" na rede social por mostrar fotos parecidas à sua, o que o faz pensar que o "Facebook tem algum tipo de preconceito com as fotos de mulheres que amamentam".
"A censura é dizer que minha foto atenta ou é uma obscenidade é uma completa ignorância", garantiu Power.
A mulher denunciou que o fechamento da conta afetou sua situação laboral, já que utilizava Facebook como plataforma profissional.
"Muitas mulheres e profissionais fazem suas consultas por meio do Facebook, e agora também não posso publicar artigos ou projetos", lamentou a psicóloga. Garantiu que espera uma resposta da companhia para levar o caso à justiça.
"Espero que me escutem e vejam que amamentar um filho não é um ato obsceno", acrescentou. EFE

Dispositivo traduz aos cegos linguagem que não está em braille


São Paulo - Cada vez mais designers estão divulgando projetos de dispositivos para pessoas com deficiência visual - e, mais uma vez, utilizando o celular. Esse é o Thimble, ainda um conceito, mas que promete traduzir aos cegos a linguagem que não está em braille.

Em seu dedo indicador, a pessoa com deficiência visual deve colocar o aparelho, conectado ao seu smartphone. O Thimble possui um scanner óptico, capaz de traduzir o texto de papel em mensagens de braille. A conexão entre o usuário, a luva e o smartphone é feita por bluetooth.


Desenvolvido pelos designers Erik Hedberg e Zack Bennet, o Thimble possui também um sensor, que se conecta à internet e dá a possibilidade de a pessoa com deficiência visual saber sua real localização na cidade. Confira no
vídeo explicativo a funcionalidade do dispositivo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Americanos querem criar uma Veneza para o Haiti

O estúdio de arquitetura norte-americano Trangram 3D associou-se ao designer E. Kevin Schopfer para desenhar a Harvest City - uma proposta para reconstrução do Haiti, que sofreu, há quase um ano, um grave terremoto. Trata-se de uma cidade, com agricultura hidropônica e um parque industrial para cerca de 30 mil pessoas.

Uma dos aspectos que mais chama a atenção na Harvest City, desenhada para ficar na costa do Haiti, é o seu sistema de transporte. A cidade possui um canal central, que interconecta todas as quatro zonas do local, bem semelhante a Veneza. O transporte em todo o local seria feito através de barcos, como as gôndolas da cidade italiana.


Agricultura hidropônica, com foco em banana, trigo e milho, e uma indústria de processamento de produtos também foi pensada especialmente para o projeto. Visando uma maior sustentabilidade, a Harvest City utilizaria painéis solares e turbinas eólicas, como fonte de energia. Os produtores do projeto
divulgaram um vídeo, com mais explicações sobre a cidade.

TIM defende compartilhamento de redes para banda larga no Brasil

Paulo Bernardo receber o presidente da TIM para discutir 

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações: decreto cria a Secretaria de Inclusão Digital

São Paulo - O presidente da TIM Participações, Luca Luciani, reuniu-se nesta quarta-feira com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para apresentar um estudo em que a operadora de telefonia defende o compartilhamento da infraestrutura de redes para fomentar o uso da banda larga no Brasil.
Segundo a TIM, a universalização da banda larga no país esbarra em uma "falta de compartilhamento da infraestrutura... devido ao mercado de atacado concentrado nas mãos das empresas concessionárias de telefonia". As maiores concessionárias de telecomunicações do país são os grupos Telefônica e Oi.
"Há uma demanda reprimida por serviços de banda larga, cuja penetração não aumenta com maior rapidez primeiramente pelas dificuldades que a oferta enfrenta para a compra e compartilhamento de capacidade de rede no atacado", afirmou Luciani em comunicado à imprensa.
Na reunião com o ministro, o presidente da TIM, que em telefonia móvel está atrás da Vivo e da Claro no país, defendeu ainda o uso dos fundos de recursos setoriais para que a massificação da banda larga seja atingida.
"Ao lado da necessária abertura do mercado de atacado e de um esforço conjunto para o fortalecimento da infraestrutura no interior, a TIM levanta outros dois eixos de estímulo que são a desoneração tributária e a disponibilização de mais espectro de radiofrequências", afirma a empresa no comunicado.
Na segunda-feira, Bernardo anunciou que decreto da presidente Dilma Rousseff deverá ser publicado esta semana permitindo a criação da Secretaria de Inclusão Digital.
O Brasil tem meta de massificar o acesso rápido à Internet até 2014, projeto que inclui levar banda larga a 100 por cento das mais de 10 mil bibliotecas do país. A expectativa com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é elevar a quantidade as linhas de banda larga para cerca de 30 milhões de acessos fixos e ao redor de 60 milhões de dispositivos móveis.

 

Comer peixe pode ajudar a prevenir cegueira, diz estudo

Os ácidos graxos da série ômega-3 desempenham papéis especiais nas membranas celulares do sistema nervoso

 
Peixes ajudam na manutenção da saúde ocular, dizem pesquisadores

Washington - Os ácidos graxos ômega-3 contidos no peixe podem ajudar a prevenir a retinopatia, uma doença nos olhos que pode provocar cegueira em pessoas com diabetes e bebês prematuros, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science".
A retinopatia é o desenvolvimento anormal de vasos sanguíneos na retina (que tem altas concentrações de ômega-3) e uma das principais causas da cegueira.
Os ácidos graxos da série ômega-3 desempenham papéis especiais nas membranas celulares do sistema nervoso, mas, como detectaram os pesquisadores, não estão presentes em quantidades suficientes nas modernas dietas ocidentais, repletas de ômega-6.
Estudos recentes demonstraram que o consumo em excesso dos ômega-6, concentrados em alguns alimentos gordurosos e na maioria de óleos vegetais, aumenta o risco de contrair certas doenças e aguça a depressão.
Os pesquisadores estudaram a influência dos ômega-3 na retina de ratos e descobriram que o aumento dos ácidos graxos deste tipo derivado da dieta limitou o crescimento patológico dos vasos sanguíneos denominados neovasos.
No caso dos bebês, os vasos sanguíneos da retina começam a se desenvolver aos três meses depois da concepção e completam seu desenvolvimento no momento do nascimento normal. No entanto, se o parto for muito prematuro, pode-se alterar o desenvolvimento do olho e os vasos podem deixar de crescer ou crescem de maneira anormal.
A aparição rápida e desordenada desses neovasos provoca graves perturbações como hemorragias no interior do olho e, em casos mais severos, glaucoma e descolamento da retina.
Os ratos alimentados com dietas ricas em ácidos graxos ômega-3 pela equipe liderada pela pesquisadora Lois Smith - oftalmologista do Hospital Infantil de Boston - tiveram uma redução de quase 50% do crescimento dos vasos sanguíneos na retina, frente aos alimentados com dietas ricas em ômega-6.
"Nossas descobertas nos dão novas informações sobre como funcionam os ácidos graxos ômega-3, que os torna uma opção ainda mais promissora" para atuar como agentes protetores, disse Smith.
Ela assinalou também que a capacidade de impedir o crescimento desses neovasos com ácidos ômega-3 poderia ajudar a reduzir os gastos em saúde.
"O custo dos suplementos vitamínicos com ácidos graxos ômega-3 é de aproximadamente US$ 10 por mês, frente aos US$ 4 mil mensais que podem custar os tratamentos anti-VEGF (crescimento endotelial vascular)", indicou.
Smith e sua equipe continuam estudando os lipídios beneficentes para a visão e pretendem iniciar uma nova via de pesquisa na busca dos ácidos graxos ômega-6 mais prejudiciais.
"Encontramos os bons, agora vamos buscar os maus", assinalou a oftalmologista. "Se encontrarmos os caminhos, talvez possamos bloquear seletivamente os agentes metabólicos negativos".
Nos Estados Unidos, a retinopatia afeta 4,1 milhões de pessoas com diabetes - um número que tende a dobrar nos próximos 15 anos - e afeta muitos recém-nascidos prematuros

Rihanna, Thierry Henry e Dita Von Teese resgatam "Va-Va-Voom" da Renault

Comercial provocativo tenta explicar o significado da expressão, estrelando também ícones como Marlon Brando, Audrey Hepburn e David Bowie 

Dita Von Teese e Thierry Henry: estrelas tentam explicar o significado de "va-va-voom" em comercial da Renault
 
São Paulo -  Dita Von Teese, Rihanna, Thierry Henry e David Bowie são as estrelas do novo comercial do Renault Clio, que começou a ser exibido no último final de semana na Europa. No filme, as estrelas aparecem em um cenário que sugere significados para a expressão "Va-Va-Voom", usada pelo próprio Thierry Henry em uma série de comerciais da fabricante de carros desde 2002, nas quais o jogador francês acabou por popularizar o termo. 
Criado pela Publicis Londres, a peça de TV começa com a pergunta "What is Va-Va-Voom?" (O que é Va-Va-Voom?) aparecendo em uma grande tela exposta em um museu. A frase é seguida por uma montagem que destaca a atriz hollywoodiana Audrey Hepburn no filme "Breakfast at Tiffany’s", para em seguida mostrar Marlon Brando em "Sindicato dos Ladrões".

Entre as cenas, Dita Von Teese surge fazendo um strip-tease enquanto é espiada por um grupo de pessoas, entre elas, Thierry Henry. A trilha, composta por extratos de músicas de David Bowie e Rihanna não só acompanha as cenas como também traz seus intérpretes para estampar as telas.
A palavra "Va-Va-Voom" chegou a ser incluída no dicionário Oxford de Inglês depois da campanha da Renault, significando a "qualidade de ser excitante, vigoroso e sexualmente atrativo".

VEJA COMERCIAL AQUI

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OMS: 12 países tiveram casos de narcolepsia após vacina da gripe A

Como estudos da organização ainda não são conclusivos, vacina ainda não foi retirada do mercado

Vacinação contra a gripe H1N1 nos EUA: UE estuda relação entre a vacina e a narcolepsia

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira que pelo menos 12 países registraram casos de narcolepsia em crianças e adolescentes que foram vacinados contra a gripe A.
O comitê consultivo mundial da segurança de vacinas da OMS divulgou nesta terça-feira um comunicado no qual especifica que "desde agosto do 2010, e após maciças vacinações contra o vírus da gripe H1N1 em 2009, foram detectados casos de narcolepsia em crianças e adolescentes em pelo menos 12 países".
A porta-voz da OMS, Alison Brunier, não soube informar em entrevista coletiva nesta terça-feira quais são os países que detectaram os casos de narcolepsia, nem pôde confirmar se essa informação é ou não de domínio público.
O comitê assinalou que é preciso "investigar mais" para determinar a relação exata entre os casos de narcolepsia e a vacinação contra a gripe, seja com a vacina Pandemrix ou com outra.
Dessa forma, ainda não foi decidido retirar a vacina do mercado, mas ao contrário, a organização indica aos países que continuem vacinando "porque o risco de contrair a gripe frente à possibilidade de sofrer narcolepsia mostra que é melhor seguir imunizando", assinalou a porta-voz.
Para realizar tal pesquisa, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) está atualmente fazendo estudos epidemiológicos sobre a relação entre a narcolepsia e as vacinas contra a gripe H1N1.
"Estes estudos podem ajudar a esclarecer se existe um aumento do risco de narcolepsia, que atualmente parece estar restringida aos meses que seguiram a vacinação, idade e país", assinala o comunicado do Comitê.
Na semana passada, a OMS anunciou que averiguava um aumento de casos de narcolepsia na Finlândia que poderia ter relação com a vacina Pandemrix, já que todos os afetados pareciam ter sido imunizados com o mesmo produto.
Alison especificou que apesar de em quase todos os casos os afetados terem sido vacinados com Pandemrix, não se exclui da pesquisa os casos em que os pacientes tenham sido imunizados com vacinas de outra marca.
O Governo da Finlândia informou casos de narcolepsia entre vacinados contra a gripe A entre quatro e 19 anos.

Alcatel-Lucent apresenta cubo que pode substituir torres de celular

Nova tecnologia, que pesa 300 gramas, é capaz de transmitir em qualquer frequência de 400 MHz a 4 GHz e operar em padrões de 2G, 3G e 4G simultaneamente

Cubo poderá substituir torres de celular nas cidades

A Alcatel-Lucent apresentou nesta segunda-feira, 7, em coletiva de imprensa em Londres, uma nova arquitetura para a rede de acesso móvel que permitirá reduzir o tamanho das torres celulares que poluem visualmente os grandes centros urbanos.
Batizada de LightRadio, a solução consiste em um pequeno dispositivo de rádio, que pesa apenas 300 gramas, e outro, igualmente pequeno, que realiza a parte de processamento e que não precisa necessariamente ficar no mesmo site.
O dispositivo de rádio, internamente chamado de "cubo" pelos técnicos da Alcatel-Lucent, é capaz de transmitir em qualquer frequência de 400 MHz a 4 GHz e operar em padrões de 2G, 3G e 4G simultaneamente. "É possível instalar o LightRadio em postes e nas laterais de prédios. Não é necessário construir torres", disse o presidente da divisão de tecnologias sem fio da companhia, Wim Sweldens. Nessa nova arquitetura, o custo total (ou TCO, na sigla em inglês) para a operadora cai pela metade, segundo o executivo.
Contribui para isso a queda no consumo de energia em uma torre, que também diminui pela metade. Sweldens fez questão de diferenciar o LightRadio das femtocells: "A femtocell é para uso doméstico. O LightRadio substitui macro e pequenas células e tem alcance muito maior."
A tecnologia por trás da nova solução foi desenvolvida pelo Bell Labs, braço de pesquisa e desenvolvimento da Alcatel-Lucent, e contou com a parceria da HP e da Freescale em áreas específicas.
O projeto gerou a criação de mais de 200 novas patentes. Três grandes operadoras concordaram em iniciar este ano testes com a nova arquitetura proposta pela Alcatel-Lucent: a chinesa China Mobile, a norte-americana Verizon e a europeia Orange. O lançamento comercial da solução deve acontecer em 2011.