quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Weslian usa polêmica do aborto na campanha do DF

Programa da candidata mostrou cenas de uma TV católica onde um padre acusa o PT de apoiar o aborto

A candidata do PSC ao governo do Distrito Federal, Weslian Roriz


Brasília - As cenas de um padre da emissora de TV católica Canção Nova acusando o PT de apoiar o aborto tem causado dores de cabeça à campanha do petista Agnelo Queiroz, candidato ao governo do Distrito Federal.
As imagens voltaram a ser exibidas pelo programa de sua adversária, Weslian Roriz (PSC), que tem associado o adversário à polêmica questão, tal como vem ocorrendo com a presidenciável Dilma Rousseff. O Tribunal Regional Eleitoral do DF negou ontem cinco pedidos liminares de suspensão da fala do padre. No primeiro turno, Agnelo recebeu 48 41% dos votos e Weslian, 31,5%.
"Se neste segundo turno, eu vou falar com clareza, o PT ganhar... Tô falando claro, pode me matar, pode me prender, pode fazer o que quiser, mas eu não posso me calar diante de um partido que está apoiando o aborto, que a Igreja não aprova. Eu sou a favor da vida", diz o padre José Augusto. A cena é seguida pela mensagem "Vote pela vida, vote Weslian Roriz", pronunciada pelo locutor da candidata.
Weslian é apresentada no programa como uma mulher que "defende a vida no útero, até a idade adulta". Em outro momento, uma popular lamenta ter o sangue vermelho, cor do PT. "Se pudesse mudar, mudava para azul", diz.
Para o coordenador de comunicação da campanha de Agnelo, Luís Costa Pinto, a tática rorizista é sinal de "desespero". "Do ponto de vista eleitoral, é inócua. Estão baixando o nível, apelando para a baixaria, como tradicionalmente ocorre nas campanhas de (Joaquim) Roriz", avaliou. "É uma estratégia de desespero, de quem não tem propostas."
O coordenador da campanha de Weslian, Paulo Fona, rechaça as críticas. "Ninguém mentiu, fez injúria ou difamação. É um padre que tem uma opinião, compartilhada pela nossa candidata", disse. "É bom que (os petistas) digam que é baixaria, porque demonstra como tratam uma questão séria como o aborto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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