Amigo do goleiro afirma à Justiça do Rio que os dois ''não estão aguentando mais''
O goleiro Bruno Fernandes e o amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, se recusaram a prestar depoimento na audiência realizada ontem como parte do processo por sequestro e lesão corporal contra a ex-amante do jogador, Eliza Samudio. Sete testemunhas convocadas pela defesa foram ouvidas no Fórum de Jacarepaguá, no Rio - entre elas, o diretor de futebol do Flamengo, Zico, e a presidente do clube, Patrícia Amorim.
Apesar de não falar sobre as acusações, Macarrão disse ao juiz Marco José Mattos Couto que ele e Bruno "não estão aguentando mais" a situação e o goleiro teria tentado se matar "várias vezes", o que não foi confirmado pela polícia. Bruno e Macarrão estão presos desde 7 de julho no Complexo Penitenciário de Contagem, em Minas, e viajaram para o Rio para participar da audiência. Eles também respondem a processo na Justiça mineira pelo desaparecimento e possível morte de Eliza. Os dois negam envolvimento no caso.
Na audiência de ontem, Patrícia Amorim garantiu que Bruno não voltará a jogar pelo Flamengo, mesmo que seja absolvido, pois a imagem do clube ficou desgastada com as denúncias contra o goleiro. O depoimento de Zico durou dez minutos. Ele disse que o jogador tinha um comportamento normal.
Desmaio. O goleiro desmaiou antes da audiência, em uma cela do Fórum, segundo informou o Tribunal de Justiça. Ele teria sofrido uma queda no nível de glicose no sangue. Ele foi atendido e pôde participar da audiência.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio informou que Bruno não tentou suicídio enquanto esteve sob custódia do Estado. O goleiro e Macarrão ficaram no Complexo Penitenciário de Bangu quando foram presos e foram levados ao mesmo local no período de audiências na capital fluminense.
Em nota, a Seap afirmou também que Bruno passou por uma avaliação psiquiátrica e que foi diagnosticado um quadro de depressão, o que teria motivado uma determinação para que o atleta dividisse uma cela com Macarrão. "Esse procedimento foi adotado, uma vez que seria impossível que o interno em questão dividisse a cela com outros presos da unidade", informa o texto. O retorno deles a Minas já foi determinado pela Justiça.
Por Lady Adriana
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