Cientista especialista em cérebros trabalha com associações feitas pelos neurônios para decifrar imagens no cérebro
No início da década de 1990, o cineasta alemão Wim Wenders dirigiu o filme Até o Fim do Mundo. Passado no futuro ano de 1999, o filme mostrava um mundo onde um aparelho similar a uma câmera era capaz de gravar sonhos, que poderiam ser vistos posteriormente em vídeo.
Agora existe a possibilidade de que isso aconteça, em um futuro não tão distante.
O Dr. Moran Cerf é um especialista em cérebros que acredita ser possível o desenvolvimento de um sistema capaz de ler e gravar os sonhos eletronicamente.
Seu conceito é baseado no fato de que cada neurônio pode ser associado com objetos ou ideias específicas. Seu projeto se baseia na criação de um banco de dados com as associações entre esses neurônios e objetos/ideias que o cérebro de cada pessoa faz. Um banco de dados grande o suficiente serviria para que a mente desse pessoa fosse “lida” a partir da observação de quais neurônios foram ativados durante um pensamento ou sonho.
É claro que há uma distancia imensa a ser percorrida entre os primeiros neurônios analisados e a possibilidade de traduzir um sonho em imagens como no filme de Wenders, mas para além da simples visualização daquilo que o cérebro faz enquanto dormirmos existem aplicações práticas. Pode-se imaginar um futuro onde será possível se comunicar com pessoas em estado de coma, por exemplo.
Além disso, um sistema que pode identificar conceitos abstratos com a leitura de neurônios pode ser a chave para uma nova geração de máquinas controladas pelo cérebro.
Atualmente, o Dr. Cerf trabalha com pacientes que já tem eletrodos implantados nos cérebros e que se ofereceram como voluntários para criar seu banco de dados de associações.Via PopSci
Por lady A
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