São Paulo - O dia de fúria do comissário de bordo Steven Slater - que, durante voo da JetBlue, xingou passageira, roubou cervejas e fugiu do avião pelo escorregador inflável - pode ser um alerta para os profissionais que encaram situações estressantes e constrangedoras no trabalho.
Apesar de pitoresco, o fato pode se repetir (em maiores ou menores proporções) na vida de todo profissional. Afinal, não há santo que aguente condições insalubres de trabalho, metas ambiciosas demais, uma porção de clientes insatisfeitos e um chefe, digamos, desumano.
“Nesse caso, a briga com a passageira foi apenas a gota d´água. Provavelmente ele já estava em uma fase de insatisfação muito grande”, afirma Daniela do Lago, especialista em comportamento corporativo e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“A grande sacada é não chegar ao momento propício para que a gota d´água entorne o copo”, afirma a especialista.
1. Aposte no oposto
Não adianta. Por mais paixão que tenha pelo seu trabalho, você não pode dedicar as 24 horas do dia totalmente para ele ou para assuntos relacionados. É preciso equilibrar seu dia com diferentes tipos de tarefas e assuntos.
Isso significa que ao chegar do trabalho você deve fazer atividades totalmente opostas às que executou durante todo o resto do dia. Essa oscilação de atividades, como a especialista denomina, ajuda a neutralizar a pressão da rotina de trabalho e a esfriar a cabeça.
Por exemplo, se seu trabalho exige contato com pessoas o tempo todo, escolha atividades silenciosas após o expediente, como a leitura de um livro.
Isso significa que ao chegar do trabalho você deve fazer atividades totalmente opostas às que executou durante todo o resto do dia. Essa oscilação de atividades, como a especialista denomina, ajuda a neutralizar a pressão da rotina de trabalho e a esfriar a cabeça.
Por exemplo, se seu trabalho exige contato com pessoas o tempo todo, escolha atividades silenciosas após o expediente, como a leitura de um livro.
Agora, se o computador é o único contato que você tem com o mundo durante esse período, corra para um happy hour ou para a academia. Não importa, tenha uma válvula de escape.
2. Isole o drama
Na hora da confusão, segure o personagem de dramalhão mexicano que existe em você. Isso mesmo. Tire, com todas as suas energias, o drama de cena.
Um caminho para aprender a fazer isso é diminuir suas expectativas com relação ao comportamento das outras pessoas.Nem todos compartilham dos mesmos valores que você. “E ficar bravo não resolve o problema. Ele continuará ali, independente dos seus sentimentos”.
Neste momento crítico, Daniela sugere uma análise meticulosa das emoções. A dica é definir quais foram as ações e comportamentos que geraram seus sentimentos.Diante deles, seja objetivo e racional. Veja a situação sob diferentes ângulos e tente entender as razões que levaram o outro a atingir você. 3. Procrastine as emoções
Está com raiva? Então, respire fundo e conte até dez. Parece conselho de avó - mas, acredite, elas tinham razão.
“Não é negar ou enterrar a emoção. Mas, sim, retardá-la”, aconselha a especialista. “É tentar resolver o problema de uma maneira neutra”.
Ela compara isso com a ação de tentar empurrar uma bola para o fundo da piscina. “Quanto mais você gasta energia para fazer isso, mais alto ela sobe”.O mesmo acontece com nossas emoções. Dar margem para elas em um momento crítico só pode contribuir para que a situação piore.
Para Slater, o fato rendeu holofotes da imprensa mundial e alguns milhares de fãs no Facebook. No entanto, perder a cabeça durante o expediente pode custar caro.
No melhor dos cenários, o ataque de nervos pode arranhar sua reputação profissional. No pior, você pode perder o emprego. E, até, acabar na cadeia – como Slater. 4. Perdeu a cabeça?
Mas como ninguém é de ferro, vez ou outra, você pode esquecer o leme das suas emoções e explodir. Para isso, não é necessário xingar clientes e pular de um avião pela escada de incêndio.
Não faça vista grossa para seus erros. Não alimente a justificativa de que você tem pavio curto. Não finja que nada aconteceu. Se você errou, aposte na humildade e peça desculpas.
Também não deixe mágoas em aberto. Converse sempre. “Tentar negociar é a forma mais correta para minimizar a pressão”, afirma Daniela.
Um caminho para aprender a fazer isso é diminuir suas expectativas com relação ao comportamento das outras pessoas.
Neste momento crítico, Daniela sugere uma análise meticulosa das emoções. A dica é definir quais foram as ações e comportamentos que geraram seus sentimentos.
“Não é negar ou enterrar a emoção. Mas, sim, retardá-la”, aconselha a especialista. “É tentar resolver o problema de uma maneira neutra”.
Ela compara isso com a ação de tentar empurrar uma bola para o fundo da piscina. “Quanto mais você gasta energia para fazer isso, mais alto ela sobe”.
Para Slater, o fato rendeu holofotes da imprensa mundial e alguns milhares de fãs no Facebook. No entanto, perder a cabeça durante o expediente pode custar caro.
No melhor dos cenários, o ataque de nervos pode arranhar sua reputação profissional. No pior, você pode perder o emprego. E, até, acabar na cadeia – como Slater.
Não faça vista grossa para seus erros. Não alimente a justificativa de que você tem pavio curto. Não finja que nada aconteceu. Se você errou, aposte na humildade e peça desculpas.
Também não deixe mágoas em aberto. Converse sempre. “Tentar negociar é a forma mais correta para minimizar a pressão”, afirma Daniela.
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