sábado, 4 de dezembro de 2010

Petróleo fecha em nível mais alto em 2 anos, apesar de desemprego nos EUA

EUA

NOVA YORK - Os preços do petróleo subiram ao seu nível mais alto em dois anos nesta sexta-feira em Londres e Nova York, apesar de dados do emprego piores que o esperado nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em 89,19 dólares, uma alta de 1,19 dólar em relação a quinta-feira.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento subiu 73 centavos, a 91,42 dólares.
"O nível mais alto do ano no mercado petroleiro foi alcançado quase ao mesmo tempo que o teto registrado pelo índice S&P 500" na bolsa de Nova York, notou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock.
Entretanto, o dia começou em um tom negativo em Nova York, após um informe mensal sobre o emprego extremamente decepcionante nos Estados Unidos.
"Após uma semana de indicadores econômicos muito bons, é uma bofetada para o mercado", observou Phil Flynn, da PFGBest Research.
O ritmo de criação de empregos se desacelerou em novembro nos Estados Unidos, onde a taxa de desemprego subiu inesperadamente a 9,8%. A economia americana criou apenas 39 mil postos de trabalho, quando os economistas esperavam 130 mil.
"De um ponto de vista negativo, isso quer dizer que a economia se desacelera. Mas isso contradiz vários indicadores publicados, com o da confiança dos consumidores, que o mercado não sabe bem como lidar", acrescentou, entretanto, Phil Flynn.
Durante a sessão, o WTI ganhou espaço. Os indicadores publicados durante o dia ajudaram mais que o esperado, principalmente a aceleração da alta da atividade no setor dos serviços em novembro, anunciada pela Associação profissional ISM.
Por outro lado, a persistente debilidade do mercado de trabalho justifica a política monetária atual, muito flexível, do Federal Reserve.
"Isso possivelmente significa mais medidas de reativação, que parecem alimentar o setor industrial no mundo. O mercado deve determinar ainda se este tipo de fatores (a alta do desemprego) é o que vai desacelerar a demanda de energia", estimou Flynn.

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