quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Doha celebra escolha do Qatar como sede do Mundial-2022



DOHA (AFP) - Milhares de pessoas, reunidas no centro de Doha, receberam com uma explosão de entusiasmo o anúncio da designação do Qatar para a organização do Mundial-2022.
A multidão recebeu aos gritos de "Qatar, Qatar!" o anúncio de Joseph Blatter, presidente da Federação Internacional do Futebol.
Grandes engarrafamentos impediam a circulação nas principais ruas da cidade, especialmente iluminadas para a ocasião e onde a multidão, com bandeiras nacionais, mas também de outros países árabes, acompanhava num telão o anúncio dos resultados em Zurique.
Houve uma explosão de vuvuzelas, as trombetas de plástico que ficaram famosas durante o Mundial de Futebol da África do Sul.
"Organizar um Mundial é uma honra para o Qatar e para todos os árabes", afirmou Achraf Jaber, um egípcio de 34 anos, que vive em Doha.
Segundo o secretário-geral de seu Comitê Olímpico, o xeque Saud Ben Abderraman, a escolha do Qatar para ser sede do Mundial-2022 nesta quinta-feira situa este país do Oriente Médio "no mapa do mundo".
"O Qatar situa o futebol do Oriente Médio no mapa do mundo", declarou o dirigente ao canal Al-Jazeera, pouco depois do anúncio.
Os outros países candidatos eram os Estados Unidos (tido como grande favorito), Japão, Coreia do Sul e Austrália.
O pequeno estado árabe deve construir todos seus estádios com exceção de um já existente em Doha. Dos 12 que receberão o Mundial, dez deles estarão num raio de 30 km.
Os estádios serão desmontados depois do Mundial e presenteados aos países em desenvolvimento com poucas instalações esportivas.
Nos últimos anos, o Qatar adquiriu certa experiência na organização de grandes eventos esportivos. Em 1995, acolheu o Mundial Sub-20 e, em 2006, a 15ª edição dos Jogos Asiáticos, além do Mundial de Atletismo em salão, em 2010.
Com uma superfície de 11.400 km2, Qatar é o menor país do mundo na história da FIFA a organizar um Mundial de Futebol.
O calor é um fator negativo, com temperaturas que podem chegar aos 45 graus centígrados em junho e julho, os meses em que se disputará o Mundial.
Para lutar contra o calor, o comitê organizador destaca sua experiência em outros eventos e propõe estádios climatizados de nova geração, que funcionam com energia solar.
"Obrigado por acreditar na mudança e querer divulgar e ampliar o terreno do esporte. Vocês se sentirão orgulhosos de nós e do Oriente Médio. É algo que prometo", afirmou o xeque Mohamed Bin Hamad Al Thani, presidente da candidatura.

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