domingo, 19 de dezembro de 2010

Inter de Milão se consagra campeão do Mundial de Clubes



ABU DHABI  - O Inter de Milão e seu técnico, Rafa Benítez, conseguiram evitar o desastre e conquistaram o título do Mundial de Clubes, o quinto título oficial do campeão italiano e europeu em um ano de 2010 inesquecível, após a vitória, este sábado, sobre o Tout Puissant Mazembe congolês (3-0) em Abu Dhabi.
Sem margem para uma zebra dos africanos, que já tinham feito história ao ser a primeira equipe do continente ao chegar à final, o Inter abriu o placar com gol do macedônio Goran Pandev (13), seguido do camaronês Samuel Eto'o (17), e finalização do francês Jonathan Biabiany (85).
O Mundial de Clubes se soma, assim, no histórico da equipe italiana, às duas Copas Intercontinentais (1964, 1965), o torneio tradicional que até 2004, confrontava os melhores da Europa e da América do Sul e concedida a consideração honorífica de ser a melhor equipe do planeta.
O êxito do Inter supõe, ainda, o quarto Mundial de Clubes consecutivos europeu, com o que o 'Velho Continente' já supera em número de prêmios (4-3) a América do Sul, que conquistou os três primeiros e que, nesta edição, ficou de fora da final pela primeira vez.
Levando em conta o torneio em seus dois formatos históricos, o Mundial e a Copa Intercontinental, a queda-de-braço entre os sul-americanos se equilibra, agora, com 25 títulos cada um.
A vitória do Inter, que na quarta-feira havia goleado o sul-coreano Seongnam Ilhwa nas semifinais (3-0), soma-se à série de títulos deste ano (Série A, Copa da Itália, Liga dos Campeões, Supercopa da Itália) e, sobretudo, permite acalmar os ânimos após os últimos maus resultados da equipe.
Após alguns minutos de ponderação, e um tímido chute de longe de Miala Nkulukuta (10) para o Mazembe, o Inter marcou dois gols seguidos, deixando combalida a equipe congolesa.
Aos 13 minutos, Pandev, bem assistido por Eto'o, controlou na área e cruzou para a esquerda, longe do alcance do goleiro Muteba Kidiaba, herói do Tout Puissant Mazembe na vitória nas semifinais sobre o Inter de Porto Alegre (2-0).


No segundo gol, aos 17 minutos, a combinação ofensiva se deu ao contrário: foi Pandev que, após receber do capitão argentino Javier Zanetti, cedeu a Eto'o, que se livrou de seu marcador e chutou forte para marcar o segundo e conquistar tranquilidade para os italianos.
Na verdade, cabia mais. Com um Mazembe recuado, seguindo a estratégia de jogos anteriores, o Inter encontrou grandes oportunidades para chegar pelas laterais e levar perigo ao gol africano.
O argentino Diego Milito, que permitiu ao Inter disputar este Mundial, graças aos dois gols marcados na final da Liga dos Campeões, em maio, esteve perto de marcar em duas ocasiões, primeiro com um mano a mano no qual mandou a bola para o alto (23) e depois com outra grande chance desmontada por Kiritcho Kasusula (42).
No segundo tempo, a intensidade ofensiva do Inter diminuiu em revoluções e os europeus se preocuparam, sobretudo, em não assumir riscos, conscientes de que um gol dos congoleses causaria nervosismo, dando asas ao adversário.

O brasileiro Maicon tentou, com pouca decisão, aos 60 minutos, e Eto'o começava a enfrentar mais problemas para passar a bola pela zaga africana, mais organizada que no primeiro tempo.
Benítez substituiu, então, o argentino Milito pelo francês Jonathan Biabiany, coincidindo com os piores momentos da equipe, mas o goleiro Julio César evitou o gol do Mazembe, quando Dioko Kaluyituka (74) tentava um lance na área e parecia já ter o gol como certo.
A chance de virada ruiu completamente aos 85 minutos, quando Biabiany recebeu um passe de ouro do sérvio Dejan Stankovic, que permitiu ao francês dominar, evitar Kidiaba e marcar o gol que selou o destino do Inter como campeão do Mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário