segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Henrique Eduardo Alves fortalecido e a diplomacia de Aécio



Abertas as urnas, além de enfrentar a decepção do círculo mais próximo de José Serra, como Xico Graziano, que reclamou da proporção acachapante da derrota de Serra em Minas Gerais – por 17 pontos –, Aécio Neves também emerge com as relações estremecidas com o presidente Lula.
Durante a campanha para o segundo turno, ao criticar a atuação de Lula em favor de Dilma, Aécio disse que o presidente não se comportava como um estadista, e sim como “chefe de uma facção.”
Segundo um assessor de Lula, a crítica do novo senador mineiro deve ser entendida no contexto de dois fatores. O primeiro seria a morte de Aécio Cunha, pai de Aécio Neves, velha raposa política mineira e conhecido por sua moderação justamente no dia do primeiro turno.
Já o segundo fator seria a acusação – não comprovada – de que Aécio estaria por trás do embrião de um dossiê contra Serra e sua família, e que teria sido posteriormente desenvolvido por integrantes da pré-campanha de Dilma.
Ao ser acusado, Aécio, então já engajado na campanha de Serra, acabou marcando ainda mais suas diferenças em relação a Lula e ao PT, e por extensão, a Dilma.
Mas se por um lado atacou Lula, Aécio poupou a nova presidente eleita, limitando-se a declarar que Serra era o melhor candidato para o país.
Logo depois da eleição, Aécio escreveu uma nota em que deseja um bom governo a Dilma, e que ela “realize uma gestão republicana e seu governo tenha como marca a união.”
Como novo líder da oposição em Brasília, Aécio terá dois interlocutores próximos no governo: seu conterrâneo, o petista Fernando Pimentel, e o peemedebista Henrique Eduardo Alves, homem de confiança do vice-presidente eleito, Michel Temer, na Câmara dos Deputados. De saída, e atuando para viabilizar sua candidatura a presidente em 2014, Aécio, que ainda precisa curar as feridas nas fileiras serristas, já sinaliza que deve fazer uma oposição diplomática à sucessora de Lula. Para ele, não resta dúvida de que a fila andou.
A grande verdade é que o Rio Grande do Norte ganhou, Henrique Eduardo Alves termina sendo o  político mais forte do Rio Grande do Norte e Aluísio Alves sorri pelas janelas do céu dizendo: filho, continuei assim. O RN agradece.

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