quarta-feira, 13 de abril de 2011

e-commerce brasileiro começa a ser relevante para vestuário


Com uma participação histórica muito pouco expressiva nas vendas totais do comércio eletrônico brasileiro, as roupas finalmente estão conquistando seu lugar na cesta virtual do internauta tupiniquim.

A categoria que, quatro anos atrás, era apenas a 26ª colocada entre as mais vendidas do setor, neste ano alcançou um impressionante 6º lugar no ranking elaborado pela consultoria e-bit, respondendo por 5% do total de pedidos feitos pela internet.  

O salto indica que o brasileiro finalmente está deixando de lado a desconfiança e se aventurando em uma área que, em países onde comércio eletrônico é mais maduro, já é bastante explorada. Nos Estados Unidos, por exemplo, a moda está entre as categorias líderes de venda há muitos anos.

Uma das razões por trás deste fenômeno é o aumento da disponibilidade de lojas virtuais especializadas no segmento. Ao contrário de outros países, onde os grandes players do e-commerce, como Amazon.com e companhia, atuam na linha, os grandes varejos online brasileiros nunca investiram pesado na venda roupas.

"Crescendo a taxas de 30% a 40% ao ano, os grandes não tiveram tempo de olhar para o lado", justifica Gerson Rolim, consultor da camara-e.net. Mas esta não é a única barreira que impediu o crescimento do segmento.

Um desafio que se apresenta aos pequenos e médios empresários interessados em levar seu negócio para a internet é a falta de organização do estoque e investimento em sistemas que permitam um controle mais eficiente da operação.

"Muitos lojistas nem sabem ao certo o que têm no estoque. Esta informalidade dificulta muito a criação de uma operação online", opina Ricardo Ikeda, que desenvolveu soluções de e-commerce para grandes empresas, como Etna, Nike e Panasonic.

A falta de padronização das roupas brasileiras é outro obstáculo para quem atua no setor. Diferentemente de países como os Estados Unidos, onde a numeração respeita padrões bastante rígidos, no Brasil, um 38 nem sempre é um 38. "As pessoas ficam receosas porque não sabem se a roupa vai servir", explica Rolim.

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