terça-feira, 8 de março de 2011

7 mulheres que fazem sucesso no mundo dos negócios


Fundadoras ou herdeiras, empresárias comandam suas próprias companhias em diversos setores

Gisela Mac Laren evitou que o estaleiro da família afundasse
São Paulo - Gisela Mac Laren ingressou no estaleiro da família, batizado com seu sobrenome, em 1983, quando tinha 15 anos – e sonhava em ser cantora. Sua primeira função foi a de escriturária. Para surpresa e preocupação de seu pai, Arthur Mac Laren, que comandava a empresa, Gisela gostou da experiência e decidiu se engajar nos negócios. Em 1989, abandonou o curso de Economia nos Estados Unidos para ajudar o pai a tirar o estaleiro da concordata.
Não poderia haver uma estreia mais dura para sua trajetória de empresária. Durante os dez anos em que trabalhou como diretora do estaleiro para reverter a concordata, Gisela aprendeu a falar firme e a negociar pesado em um setor repleto de homens e de preconceitos. Em 2000, quando seu pai se aposentou, Gisela assumiu a presidência. Hoje, sua empresa, sediada em Niterói (RJ), disputa contratos bilionários, como a construção de plataformas para a Petrobras.


Maha Al-Ghunaim, uma das mulheres mais poderosas do Oriente Médio
Maha Al-Ghunaim pertence a uma tradicional família de comerciantes do Kwait e é considerada pela revista Forbes como uma das mulheres mais poderosas do Oriente Médio. Em 1998, ela fundou o banco de investimentos Gulf Investment House (GIH) com um capital de menos de 50 milhões de dólares. Em 2000, a banqueira abriu o capital da GIH na Bolsa de Londres. Em 2009 (últimos dados disponíveis), o banco já administrava uma carteira de 6 bilhões de dólares.

Como todo banco, o de Maha Al-Ghunaim também não escapou ileso à turbulência mundial que sacudiu o mundo a partir da quebra do Lehman Brothers, em 2008. A empresa acumulou prejuízos e precisou renegociar suas dívidas. Em 2009, as perdas recuaram 42% sobre o ano anterior. Os dois principais setores em que o GHI investe são o mercado imobiliário (26% da carteira) e o setor financeiro (24%).


Chieko Aoki conquista espaço no setor hoteleiro
Chieko Aoki iniciou sua carreira no setor hoteleiro em 1982, quando foi contratada como diretora de marketing da rede Caesar Park Hotels. Tempos depois, foi promovida a presidente da empresa. Chieko fundou sua própria companhia em 1992, a Caesar Towers, mas a projeção viria mesmo a partir de 1997, quando a empresa mudou de nome e foi criada a bandeira Blue Tree Hotels – hoje, uma das principais do mercado brasileiro.
Japonesa naturalizada brasileira, Chieko é formada em Direito pela Universidade de São Paulo, e possui cursos de Administração na Universidade de Sofia, em Tóquio, e de Administração Hoteleira nos Estados Unidos. Atualmente, seu grupo é composto por 25 hotéis que totalizam cerca de 4.000 apartamentos. A rede, porém, já foi maior: em seu auge, em 2005, contava com 6.111 apartamentos em 28 hotéis.


Mary Kay Ash e a empresa dos sonhos das mulheres
A americana Mary Kay Ash se aposentou em 1963, após 25 anos de trabalho em empresas de venda direta. Com base em sua experiência, decidiu escrever um livro que ajudasse as mulheres a enfrentar o mundo dos negócios, totalmente dominado pelos homens naquela época. Durante as pesquisas, fez uma lista de tudo o que as empresas em que havia trabalhado tinham de melhor. Em outra, anotou o que poderia ser aprimorado.
Ela percebeu, então, que havia feito um plano de negócios para uma empresa onde as mulheres poderiam ser tão competitivas e ter tantas chances de ascensão quanto os homens. Apostando todas as suas economias – cerca de 5.000 dólares – e com a ajuda do filho, Richard Rogers, então com 20 anos, ela fundou a Mary Kay, que se transformou numa das maiores empresas de cosméticos do mundo. Sua marca está presente em 35 países, e conta com 2 milhões de consultores para venda direta.


Luiza dá projeção nacional ao magazine da família

Desde os 12 anos, Luiza Helena Trajano trabalhava como balconista na loja de eletrodomésticos fundada por sua tia, Luiza Trajano Donato, nos anos 50. O contato com o público fez com que ela desenvolvesse seu tino comercial, e, aos 18 anos, passou a trabalhar integralmente na loja. Ao mesmo tempo, cursava as faculdades de Direito e Administração de Empresas.
O empenho fez com que sua tia escolhesse Luiza como sucessora na direção dos negócios. Assim, em 1991, ela assumiu a frente do Magazine Luiza, então uma das maiores redes de varejo do interior paulista, com sede em Franca. Sob seu comando, o Magazine ganhou um lugar de destaque no setor, mas viu seus rivais se distanciarem com a consolidação do setor. Recentemente, o Magazine iniciou seu processo de abertura de capital. Com os recursos, a empresa espera reforçar sua estratégia de atingir um faturamento de 15 bilhões de reais até 2015 – ante os 4,8 bilhões faturados em 2010.


Zhang Xin, a chinesa que abriu caminho no mercado imobiliário
Zhang Xin fundou e dirige a Soho China, uma das maiores incorporadoras de imóveis da China. Com uma fortuna avaliada em 2 bilhões de dólares pela revista americana Forbes, Zhang Xin concluiu seu mestrado em Economia na Universidade de Cambridge, em 1992.
Depois, ela iniciou sua carreira como executiva em multinacionais como o banco de investimentos Goldman Sachs e o Travelers Group. No ano passado, já à frente da Soho China, Zhang Xin liderou a maior aquisição de terrenos de Pequim realizada por uma empresa não-estatal. No total, sua companhia adquiriu 12 hectares da cidade por 586 milhões de dólares.



Amalia Sina disputa espaço no setor de cosméticos



Amalia Sina tornou-se conhecida no mundo dos negócios por comandar a Walita nos anos 90. Em 2007, porém, partiu para seu projeto-solo: a Sina Cosméticos. Sua meta é ambiciosa: tornar-se tão grande quanto a Natura, a líder do setor no Brasil.
Com uma linha de mais de 100 produtos, Amalia foca no segmento premium, e promoveu o lançamento de sua marca primeiro no exterior. O plano inicial era consolidá-la no mercado externo, antes de trazê-la ao Brasil, mas a crise mundial atrapalhou a estratégia. A Sina Cosméticos investiu, então, no mercado interno, por meio de parcerias com distribuidores locais, como redes de farmácias e varejistas em geral


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