Após analisar 2.352 jogos, pesquisadora relata em teses de mestrado que árbitro pune mais o time de fora
A tese de mestrado da pesquisadora Vanessa Bellissimo, da Faculdade de Educação Física da Unicamp, não deixa dúvidas. Depois de avaliar 2.352 jogos do Campeonato Paulista e do Brasileiro da Primeira Divisão, entre 2003 e 2006, ela constatou que os times da casa, em média, foram punidos com dois cartões amarelos por partida, contra três dos não-mandantes. Em número de partidas, os times da casa venceram 1.191 partidas. Os visitantes, apenas 592. Nas Copas do Mundo isso fica mais evidente. O exemplo mais recente foi a Coreia do Sul, em 2002. A equipe foi beneficiada pela arbitragem contra a Itália e ainda mais contra a Espanha. Só por isso chegou às semifinais.
O fator campo é tão decisivo que, das seleções que chegaram à final jogando no próprio país, seis venceram (Uruguai, Itália, Inglaterra, Alemanha, Argentina e França) e apenas duas perderam (Brasil e Suécia). “Na média, o juiz apita pelo time da casa. Não intencionalmente, mas inconscientemente. É um esporte de arena, o público gritando cria uma influência emocional”, diz o ex-jogador Raí.
Os juízes também costumam favorecer seleções de grande porte, inclusive o Brasil, que em 1962 teve Garrincha na final após ele ter sido expulso no jogo anterior. A Inglaterra teve confirmado um gol que não existiu na final contra a Alemanha, em 1966, e a Argentina contra a Holanda na decisão de 1978. Caraúbas
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